Aves - Clado Aves

 Características gerais

  • Tamanhos variam de menos de 6 centímetros de comprimento e 2 gramas de massa corpórea (em uma espécie de beija-flor) a mais de 2,5 metros de altura e 160 quilogramas (no avestruz).
  • Estão presentes em todas as regiões do planeta.
  • Sua capacidade mais marcante é o voo, apesar de algumas espécies a terem perdido durante sua evolução.

Principais grupos

  • Paleognathae:
  • Incapazes de voar.
  • Características mais primitivas.
  • Avestruzes, emas, emus e quivis.
 
Aula 3 
  • Neognathae:
  • Possuem quilha.
  • Todos, exceto o pinguim, podem voar. 
  • Patos, bem-te-vis, macucos, garças, tucanos, corujas, etc.

 

Esqueleto

  • As aves carenadas (Neognathae) possuem uma estrutura óssea denominada quilha, ou carena, adaptada à ancoragem da forte musculatura muscular necessário para voar.
  • As aves têm ossos mais porosos e menos densos que os outros craniados. Também possuem bico, uma estrutura queratinosa (queratina é mais leve que osso). Ambas estas estruturas têm a intenção de deixar o corpo das aves mais leve.

Revestimento corporal

  • As aves apresentam formações epidérmicas que se formam no interior de folículos (de maneira similar ao pelo dos mamíferos), chamadas penas.
  • As penas protegem o corpo de choques mecânicos, impermeabilizam a pele, auxiliam na manutenção da temperatura corporal e possibilitam o voo.
  • A lubrificação das penas, necessária para manter a impermeabilidade do corpo, é feita por meio da gordura da glândula uropigiana, localizada na parte superior da cauda.
  • A pena consiste de um eixo central, a raque, da qual partem obliquamente filamentos chamados barbas, que sustentam filamentos ainda mais finos, as bárbulas. 
  • As bárbulas prendem-se uma a outra por meio de ganchos, que formando uma superfície contínua. As aves passam boa parte de seu tempo alisando as penas com o bico para realinhar as bárbulas e encaixar os ganchos entre elas.

 



Sistema digestório

  • Podem ser herbívoras, carnívoras ou onívoras.
  •  Aves herbívoras, que se alimentam de grãos e partes de vegetais duras, têm uma região dilatada do esôfago denominada papo, onde podem armazenar comida e umedecê-la, para facilitar a digestão. 
  • O estômago é dividido em duas partes: proventrículo, onde o alimento é primeiramente misturado a enzimas digestivas, e a moela, que tritura os alimentos com suas paredes grossas e musculosas.
  • Muitas aves ingerem pedras propositalmente para ajudar na trituração da moela, para substituir os dentes que elas não mais possuem.
  •  Aves carnívoras não possuem papo (ou este é pouco desenvolvido) e sua moela não é muito musculosa.
  • Os produtos dos sistemas excretor, reprodutor e digestório desembocam na cloaca para depois serem eliminados por ela. 
 


Sistema respiratório

  • As aves respiram por meio de pulmões. Seus pulmões, porém, são diferentes dos outros craniados, pois possuem parabronquíolos, que se dispões paralelamente entre si.
  • A parede dos bronquíolos é irrigada por grande quantidade de capilares, permitindo trocas gasosas.
  • Dos pulmões partem bolsas chamadas sacos aéreos, que ocupam as regiões anterior e posterior do corpo, penetrando inclusive em alguns ossos.
  •  As aves realizam dois ciclos de inspiração e expiração para respirar. Na primeira inspiração o ar vai para os sacos aéreos posteriores, na seguinte expiração ele vai para os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas, na segunda inspiração ele vai para os sacos aéreos anteriores e na expiração seguinte ele é expelido.
 

Sistema circulatório

  • O coração das aves tem quatro câmaras: dois átrios (aurículas) e dois ventrículos completamente separados.
  • Circulação dupla, sem mistura de sangue oxigenado com desoxigenado.
  • Nas aves, a artéria aorta é localizada na direita e, por isso, o coração também toma nessa direção.

Sistema circulatório das aves. Aves e seu sistema circulatório

 https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio-das-aves.htm

Sistema excretor

  • A principal substância nitrogenada excretada pelas aves é o ácido úrico, filtrado do sangue pelo rim e levado a cloaca pelos ureteres.
  •  Na cloaca a maior parte da água é reabsorvida e o ácido úrico concentrado adquire cor esbranquiçada e consistência pastosa, sendo eliminado com as fezes assim como nos répteis.
  • Em aves que vivem perto do mar há uma estrutura chamada glândula de sal, que elimina o excesso de sal ingerido durante sua alimentação (que é constituída por peixes marinhos). Essa estrutura também está presente em tartarugas marinhas. 

 

Sistema nervoso

  • As aves são capazes de comportamentos complexos e elaborados devido à desenvolvida estrutura do seu  encéfalo.
  • Sua visão é boa e a audição é aguçada, permitindo comunicação por sons. 
  • Aves têm grande capacidade de orientação, podendo realizar migrações de dezenas de milhares de quilômetros todos os anos. 
 

Reprodução

  • Dioicos e ovíparos, com desenvolvimento direto.
  • Ocorre, em todas as espécies, cópula e fecundação interna, mesmo que a maioria não possua órgãos sexuais.
  • A transferência de espermatozoides para a fêmea ocorre pela justaposição das aberturas das cloacas.
  • Os ovos, protegidos por uma casca calcária, são eliminados pela cloaca.
  • A quase totalidade das aves choca os ovos, mantendo-os aquecidos, algo necessário para o desenvolvimento do embrião.
  • A maioria apresenta dimorfismo sexual, machos têm plumagem colorida e exuberante, enquanto fêmeas têm plumagem mais simples, que se disfarçam no ambiente.
  • Em diversas espécies os machos delimitam e defendem territórios em que têm o direito de copular com todas as fêmeas presentes.   
 

Origem evolutiva

  • Acredita-se que as aves tenham surgido entre 245 e 208 milhões de anos atrás, a partir de um grupo de dinossauros chamado Diapsida, cuja principal característica são dois buracos no crânio (além dos orifícios dos órgãos sensoriais), que o deixam mais leve.
  • As aves pertencem ao mesmo grupo taxonômico que os répteis, Amniota.
  • Descobertas arqueológicas indicam que existiam dinossauros com penas.

 

 

HIERARCHICAL TAXONOMY OF THE CLASS ANAPSIDA

https://comenius.susqu.edu/biol/202/animals/deuterostomes/vertebrata/anapsida/anapsida.htm

 

Referências Bibliográficas

 AMABIS; MARTHO. BIOLOGIA - biologia dos organismos 2, Parte II. Moderna Plus. 4. ed. Moderna. cap. 11.8, p. 410-414.

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