Craniados: Peixes

 Agnatos

  • Do grego a, prefixo de negação; e gnathos, mandíbula.
  • Não possuem mandíbulas.
  • É um grupo informal, sem validade taxonômica, composto por peixes cartilaginosos de corpo cilíndrico e boca circular (Também chamadas por isso de ciclostomados ou ciclóstomos; kúklos, circular; e stomatos, boca).
  •  O termo gnathostomata (que inclui peixes cartilaginosos e peixes ósseos) são os peixes que têm mandíbula. Do grego gnathos, mandíbula; e stomatos, boca.
 
Filo Cordados e as Classe dos Peixes | Educabras
 

Peixes-bruxa (Hyperotreti)

  • Coloração rosa-acinzentada. .
  • Chegam a ter até 1 metro de comprimento. 
  • Secretam muco pela pele e vivem enrolados e semienterrados na lama do fundo do mar.
  • Conseguem dar nós em si mesmos que utilizam para escapar de predadores e arrancar pedaços de presas.
  • Possuem séries de tentáculos sensoriais e estruturas cartilaginosas com dentículos em volta de suas bocas.
  • Alimentam-se de anelídeos poliquetos e peixes.
  • Têm crânio cartilaginoso mas não vértebras, a sustentação ocorre por meio da notocorda.
  • Apresentam um orifício de cada lado da cabeça que se abrem ara as fendas branquiais da faringe.
  • São monóicos, mas apenas um dos sistemas reprodutores funcionam por indivíduo.
  • Não possuem estágio larval. 

 

http://domescobar.blogspot.com/2011/03/peixe-bruxa-alimenta-se-atraves-da-pele.html

 

 Lampreias (Hyperoartia)

  • Podem atingir mais de 1 metro de comprimento. 
  • Pele lisa  e cor acinzentada.
  •  Lampreias adultas são ectoparazitárias e se alimentam do sangue de outros animais.
  • Sua língua com dentina de queratina raspa as peles dos animais parasitados e sua saliva é anticoagulante.
  • Possuem um estágio larval chamado de amocetes. Amocetes não têm olhos nem dentes, vivem semienterrados em rios e lagos e se alimentam por filtração.
  • A notocorda perdura por toda a vida e por cima dela formam-se vértebras rudimentares.
  •  O crânio é formado por placas cartilaginosas e tecidos fibrosos.
  • Têm sete orifícios branquiais de cada lado do corpo que se abrem para câmaras branquiais reforçadas por estruturas cartilaginosas e se comunicam com as fendas faringianas, onde ocorrem as trocas gasosas.
  • Ao atingir a maturidade sexual as lampreias sobem o rio, liberam suas gametas (os machos liberam seus espermatozoides em cima dos óvulos) e morrem.


Peixes cartilaginosos 

  •  Condrichthyes, do grego chondros, cartilagem; e ichthyos, peixes). Possuem esqueleto cartilaginoso.

  • Divididos em Elasmobrânquios ou Elasmobranchii(Tubarões, cações e raias) e holocéfalos ou Holocephali.

  • Possuem escamas placóides constituídas de dentina e recobertas por esmaloide.

  • Os esqueletos são compostos de crânio (com mandíbula), coluna vertebral e nadadeiras.Tubarões e cações possuem duas nadadeiras dorsais e dois pares de nadadeiras ventrais, assim como uma nadadeira caudal assimétrica (heterocerca).


Alimentação

  •  Fileiras de dentes pontiagudos implantados na derme sobre a estrutura cartilaginosa do arco maxilar e da mandíbula, são substituidas continuamente.
  • Boca ventral.
  •  Órgão chamado válvula espiral que retarda os alimentos, dando mais tempo para a digestão, e aumenta a área intestinal de absorção de nutrientes.
  • Fígado a Pâncreas lançam suas secreções no intestino.
  • Digestão extracelular.
  • Os nutrientes são levados para o fígado, modificados e levados para as outras partes do corpo.
  • Sistema digestório termina na cloaca (Mais especificamente na abertura cloacal), onde terminam também o sistema reprodutor e urinário.

Respiração

  •  Possuem fendas branquiais que se conectam com a faringe por meio de espiráculos, estrturas derivadas das fendas faringianas.
  • O animal aspira costantemente água pela boca, forçando-a a passar pelas fendas branquiais, onde estão as brânquias, que derivaram do revestimento ricamente irrigado dos arcos faringianos do embrião.
  •  O sangue é vermelho, pois contem células chamadas hemácias, que em si contem o pigmento hemglobina, responsável pelo transporte de oxigênio.

 


Circulação

  • Sistema circulatório fechado.
  • Coração (ventral) constituído por um seio venoso, um átrio (ou aurícula), um ventrículo e um cone arterial. 
  • A organização do sistema circulatório pode ser descrita da seguinte forma: ventrículo cardíaco ⇾ cone arterial ⇾ aorta ventral ⇾ brânquias ⇾ aorta dorsal ⇾ tecidos corporais ⇾ veias ⇾ seio venoso ⇾ átrio cardíaco ⇾ ventrículo cardíaco.

  • Alta quantidade de ureia no sangue para evitar a perda de água para o mar por osmose.

 

Excreção

  • Rins alongados e finos localizado na parte superior da cavidade abdominal filtram do sangue excreções nitrogenadas e outros produtos residuais, principalmente a ureia. As excreções desembocam na cloaca.

Sistema Nervoso

  • Sistema nervoso bem desenvolvido, dividido em central (encéfalo e medula espinal) e periférico (nervos e gânglios nervosos).
  • Encéfalo complexo com regiões bem diferenciadas, com destaque para o lobo olfativo, responsável por interpretar as informações do órgão sensorial de cheiro, as narinas (que são de fundo cego, ou seja, não são abertas para a faringe com nos humanos).
Peixes: Condrictes 
  • Possuem dois finos canais ao redor ao longo das laterais do corpo, chamados linhas laterais, que podem detectar mudanças na pressão da água que entra dentro dele. Assim, podem detectar movimento a sua volta.
  • Na cabeça há as ampolas lorenzinianas (ou ampolas de Lorenzini), que captam as fracas correntes elétricas geradas pelo movimento dos músculos de outros animais.

 

Reprodução

  • Dióicos, reprodução sexuada, fecundação interna.
  • Machos apresentam cláspers, estruturas formadas por diferenciações das nadadeiras pélvicas, por onde injetam esperma na cloaca da fêmea.
  • Algumas espécies são ovíparas. Os ovos liberados possuem ganchos que os prendem nas algas.
  • Algumas espécies são vivíporas, em que os embriões se desenvolvem completamente dentro das mães se alimentando por estruturas semelhantes à placenta.
  • Existem espécies ovovivíperas, em que a mãe mantém os ovos dentro de si até o final do período embrionário.
  • Desenvolvimento direto.

 

Peixes ósseos 

  • Esqueleto ósseo. Do grego Ostó, osso; e ichthyos, peixe. Possuem habitats variados (sempre aquáticos).
  • São divididos em actinopterígios (ou Actinopterygii), peixes com nadadeiras radiais, e sarcopterígios (ou Sarcpterygii), peixes com nadadeiras carnosas de sustentação óssea.


 

 https://netnature.wordpress.com/2019/08/23/a-evolucao-paralela-de-nadadeiras-e-sentidos-em-peixes-comentado/

 

  Esqueleto

  • É dividido em crânio, coluna vertebral (formada por vértebras artículadas com um anel dorsal onde se aloja a medula espinal) e elementos de sustentação dos apêndices corporais.
  • Têm nadadeiras ventrais pares, um par peitoral e um pélvico, além disso também têm duas nadadeiras dorsais, uma nadadeira ventral anal (localizada após o ânus) e uma nadadeira caudal. A maioria dos actinopterígios possuem nadadeira caudal simétrica, por isso homocerca, enquanto os mais primitivos as possuem similares aos condrictes. 


Sistema Digestório

  • Sistema digestório completo, a boca se localiza na parte anterior do corpo.
  • Não possuem válvula espiral.
  • O fígado é bem desenvolvido e participa da digestão produzindo bile, um líquido armazenado na vesícula biliar e liberado no intestino para auxiliar a digerir gorduras.


Sistema respiratório

  •  Brânquias se localizam nos arcos entre as fendas branquiais.
  • As brânquias são protegidas por estruturas ósseas denominadas opérculo.
  • Os peixes ventilam as brânquias abrindo a boca para deixar a água entrar, depois fechando-a e levantando seu assoalho bocal, forçando a água a passar pelas fendas branquiais.


Bexiga natatória

  • Também chamada de bexiga de gás, ela é uma bolsa interna e flexível cheia de gás. Ela serve para controlar a flutuação do peixe.
  • Suas paredes têm poucos vasos sanguíneos e é revestida, em sua maior parte, por cristais de guanina, que a tornam impermeável.
  • Nas espécies chamadas fisóstomos (do grego physos, ar; e stóma, boca) a bexiga natatória e ligada à faringe por meio do ducto pneumático. As espécies em que isso não ocorre são chamadas de fisoclistos (do grego physos, ar; e kleistós, fechado).
  • Quando o peixe mergulha e o mar faz pressãao sobre ele, a bexiga natatória é comprimida e seu corpo fica mais denso, o que faria ele afundar. Isso não ocorre por causa da glândula de gás, que libera ácido lático no sangue. No sangue, enquanto percorre uma rede de artérias denominada "rete mirabile" (literalmente rede maravilhosa), que são as únicas regiões em que a bexiga natatória é permeável a gás, ocorre a dissociação do oxigênio, que vai para dentro da bexiga natatória e a dilata, impedindo que o peixe afunde.
  • Quando o peixe nada em direção à superfície, a pressão da água diminui e a bexiga expande-se, fazendo o peixe ficar menos denso e flutuar até a superfície. Isso não ocorre porque a bexiga natatória libera o gás e iguala a densidade do peixa à da água ao seu redor.
  • Nos fisóstomos a saída de ar ocorre pelo ducto pneumático, nos fisoclistos existe uma estrutura chamada glândula oval que permite a difusão do oxigênio de volta para o sangue.
  • Em algumas espécies a ela se conecta ao labirinto do ouvido interno, permitindo maior sensibilidade a pressão.
  • Acredita-se que tanto as bexigas natatórias quanto os pulmões dos peixes pulonados derivaram de uma estrutura de seus antepassados utilizada para complementar a respiração branquial com ar atmosférico, pois eles viviam em ambientes pantanosos.

 


Sistema circulatória

  • Sistema circulatório fechado.
  • O coração é composto por um seio venoso, um átrio (ou aurícula), um ventrículo e um bulbo arterioso.
  • A organização do sistema circulatório pode ser feita da seguinte forma: ventrículo cardíaco ⇾ bulbo arterioso ⇾ aorta ventral ⇾ brânquias ⇾ aorta dorsal ⇾ tecidos corporais ⇾ veias ⇾ seio venoso ⇾ átrio cardíaco ⇾ ventrículo cardíaco.
 

Sistema excretor

  • Um par de rins localizados na parte superior da cavidade abdominal, logo acima da bexiga natatória, retiram as excreções nitrogenadas e outros resíduos metabólicos do sangue, principalmente a amônia, elminando-os na urina. Este é então conduzida por ureteres até um poro excretor abaixo do ânus. Grande parte das excreções (principalmente íons) também são eliminados pelas brânquias. 
  

Sistema nervoso

  • As informações captadas pelos órgãos dos sentidos são levadas até o encéfalo pela medula e nele processadas. Ela também transmite comandos para músculos e orgãos.

  • Têm olfato muito desenvolvido, captam cheiro por mmeio de quimiorrecetptores localizados nas narinas, boca ou outras partes do corpo.


Reprodução

  • Dioicos, maioria com fecundação externa, geralmente precedida por complexos rituais de corte nupcial.
  • A fêmea libera seus ovos e s macho lança seu esperma sobre eles, normalmente os ovos ficam em ninhos e são vigiados pelos progenitores.
  • O desenvolvimento pode ser direto ou indireto. Os filhotes de actinopterígios, denominados alevinos, geralmente apresentam um grande saco vitelínico ligado ao abdome.
  • O cuidado com prole varia entre as espécies, alguns os abandonam logo após a postura dos ovos, outros os protegem até que os filhotes nasçam ou até algum tempo depois.

 

    Referências Bibliográficas:

AMABIS; MARTHO. BIOLOGIA - biologia dos organismos 2, Parte II. Moderna Plus. 4. ed. Moderna. cap. 11.5, p. 382-393.

 

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