Chordata - Protocordados:
Do grego protos, primeiro, primitivo; e do latim chorda, corda.
Urochordados:
Características Gerais:
- São animais quase sempre sésseis, que vivem em substratos submersos no mar por todo o mundo.
- Podem viver independentemente ou formar colônias.
- O tamanho varia de alguns milímetros para pouco mais de dez centímetros.
- Seu corpo é revestido por um envoltório espesso constituído por um sacarídeo muito semelhante à celulose das células vegetais e chamado túnica.
- A túnica possui duas aberturas: o sifão inalante, por onde a água penetra o corpo do animal, e o sifão exalante, por onde a água sai.
- No fundo do sifão inalante está a boca, por onde a água passa para uma faringe em forma de cesto repleta de fendas faringianas.
- A água sai da faringe por meio das fendas, indo para o átrio, e depois volta para o meio externo pelo sifão exalante.
- A larva livre-natante dos urocordados possui todas as quatro características naturais dos cordados, mas todas desaparecem na fase adulta, menos as fendas faringianas. Durante a fase larval a notocorda está restrita à região da cauda pós-anal, por isso o nome do filo: Do grego uros, cauda.
Sistema Digestório:
Os urocordados se alimentam de partículas orgânicas retiradas da água que circula dentro dos seus corpos. Essas partículas se prendem no muco que é produzido em um sulco da faringe chamado endóstilo e depois são varridas por células ciliadas par ao esôfago e estômago, onde ocorre a digestão extracelular. O alimento passa para o intestino que termina a digestão externa e absorve os nutrientes e depois é eliminado pelo ânus, que se abre próximo ao sifão exalante.
Excreções e Respiração:
As traves que separam as fendas faringianas funcionam de maneira equivalente a brânquias, captando o oxigênio trazido pelo fluxo de água que passa pelos sifões, as excreções e gás carbônico são levados pelo mesmo.
Sistema Circulatório:
Os urocordados possuem sistema circulatóio parcialmente aberto, com o coração na base da faringe bombeando o sangue por meio de veias até os sinusoides, bolsas onde a hemolinfa entra para realizar trocas gasosas. Eles também apresentam um fenômeno curioso, em que o coração para de bater por alguns segundos, depois volta revertendo o fluxo de sangue para trocar a oxigenação da faringe para o resto dos órgãos e vice-versa.
Sistema Nervoso:
O sistema nervoso começa no estágio larval, com o tubo nervoso, de onde depois estendem-se prolongamentos, os nervos, que o conectam com os outros órgãos. No urocordado adulto, o sistema se modifica para ser composto por um gânglio nervoso sob a faringe, do qual saem nervos para o restante do corpo. Os órgãos sensoriais se restringem a sensores tácteis em volta dos sifões e um órgão chamado olho que percebe diferenças de luminosidade, mas não forma imagem.
Reprodução:
Cephalochordata:
Características Gerais:
Os representantes são os anfioxos, animais marinhos de corpo achatado lateralmente e afilado nas extremidades.
Eles medem poucos centímetros e vivem semienterrados em praias de areia grossa, em posição quase vertical, deixando apenas a boca exposta. Não possuem cabeça diferenciada.
A boca está presente na região anterior, rodeada por cirros bucais, que atuam como filtros.
Seu revestimento é translúcido e permite visualizar a musculatura metamerizada, dividida em miótomos, blocos em forma de '<<<<'.
https://www.ub.edu/web/ub/es/menu_eines/noticies/2018/11/034.html
Preservam a notocorda por toda a vida, extendendo-se por toda a extensão do corpo abaixo do tubo nervoso.
Sistema Digestório:
A obtenção de alimentos por parte dos anfioxos funciona da seguinte maneira:
- Cílios que revestem os arcos branquiais batem, fazendo com que a água entre pela boca.
- Os cirros bucais impedem partículas grandes de entrarem no sistema digestório, enquanto as partículas menores aderem-se ao muco produzido no endóstilo, presente no assoalho da faringe.
- As células ciliadas varrem o muco para dentro do intestino.
- Os alimentos são digeridos por enzimas produzidas pelo ceco hepático na cavidade intestinal. Diferentemente dos demais cordados, os cefalocordados realizam também digestão intracelular.
- A água passa pelas fendas faringianas e chega no átrio, uma cavidade entre o tubo digestório e o revestimento corporal. Depois, sai por uma abertura denominada atrióporo e localizada no terço posterior do corpo.
Sistema Circulatório e Respiratório:
O sistema circulatório dos cefalocordados é fechado e composto por sinusoides, capilares e vasos sanguíneos. A distribuição é a mesma de outros vertebrados, o sangue flui para a região posterior do corpo por um vaso dorsal (denominado aorta dorsal) e retorna à região anterior por um vaso pulsátil na região ventral. Muitos vasos sanguíneos dos anfioxos podem pulsar
O vaso ventral se ramifica pelas traves das fendas faringianas, o sangue é impulsionado por pequenos corações acessórios nas suas bases. Nesta rede de capilares o sangue realiza trocas gasosas com a água que passa pelas fendas. Os capilares se fundem novamente na aorta dorsal, que posteriormente se ramifica em capilares e sinusoides para regar os tecidos do corpo.
Sistema Excretor:
A excreção é feita por nefrídios, distribuídos acima da sob ao longo dos segmentos corporais. Sua parte filtradora, o nefróstoma, fica voltada para o celoma, enquanto a extremidade excretora, o nefridióporo, fica voltado para o átrio. As excreções são liberadas no átrio e deixam o corpo pelo atrióporo.
Sistema nervoso:
O sistema nervoso dos anfiotos é constituído pelo tubo nervoso dorsal, dos quais saem os nervos. Pela parte superior dos tubos passam as fibras nervosas sensitivas, pela inferior as fibras nervosas motoras. Eles têm células capazes de detectar luminosidade e possuem tato, olfato e paladar.
Reprodução:
São dióicos e se reproduzem sexuadamente. Quando as gônadas estão maduras elas se rompem e liberam os gametas no átrio, que as libera no mar para uma fertilização externa. O desenvolvimento é indireto com um estágio larval.
Referências Bibliográficas:
AMABIS; MARTHO. BIOLOGIA - biologia dos organismos 2, Parte II. Moderna Plus. 4. ed. Moderna. cap. 11.3, p. 376-379.
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