Echinodermata

Do grego echinos, espinhos; e dermatos, pele.

<https://es.wikipedia.org/wiki/Bilateria>

Endoesqueleto:

O corpo dos equinodermos é revestido por uma fina camada de epiderme. Abaixo dela está um endoesqueleto de origem mesodérmica composto por uma matriz de proteínas impregnada por cristais de carbonato de cálcio (CACO3). Estes cristais são extremamente ramificados:

Imagem ampliada de um cristal do endoesqueleto dos Echinodermata. Disponível em: <http://segundocientista.blogspot.com/search?updated-max=2020-09-03T21:05:00-07:00&max-results=10>

Os equinodermos também possuem estruturas móveis dotadas de pequenas pinças na superfície de seu corpo chamadas pedicelárias. Estas estruturas têm como função remover detritos de cima do corpo e mantê-lo limpo.

<http://titiliaedemonao.blogspot.com/p/equinodermos.html>

Sistema Hidrovascular ou ambulacral:

É uma característica exclusiva dos equinodermos e possui diversas funções dependendo do filo, mas é primariamente utilizado para movimentação e alimentação. Ele é composto por uma série de canais no corpo do animal, começando na placa madrepórica, que situa-se normalmente na região aboral, próxima ao ânus. A placa madrepórica leva água para o canal madrepórico (ou canal pétreo) que por sua vez a passa para o Canal Circular, que se localiza em torno do tubo digestório, e depois para os canais radiais e vesículas de Poli  (normalmente há cinco de cada). Os canais radiais se conectam a centenas de pés ambulacrais, (ocos e musculosos) que estão ligados a suas respectivas ampolas ambulacrais. O animal utiliza de sua musculatura para regular a pressão da água nesta série de canais, ampolas e vesículas, assim ele pode movimentar os pés ambulacrais, que possuem musculatura de sucção para fixar-se em substratos, por meio de um sistema hidráulico natural.

Sistema Digestório:

Os equinodermos possuem sistema digestório completo, com a boca situada na face ou região oral, que normalmente é voltada para o substrato, e o ânus na face oposta, chamada aboral. Os ouriços se alimentam com ajuda de uma estrutura de apoio chamada lanterna-de-aristóteles, que é uma armação de ossículos e músculos. Depois de ser ingerido pela boca, o alimento passa por um esôfago curto, pelo estômago e pelo intestino que termina no ânus. O alimento é digerido internamente no intestino e estômago por enzimas secretadas pelas células intestinais e depois absorvido pelas células das pelas células das paredes intestinais.

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1313&evento=2>

As estrelas do mar são carnívoras, e se alimentam evertendo seu estômago para que este entre em contato com a presa e secreta enzimas digestivas produzidas em estruturas chamadas cecos gástricos. Depois, ela reverte seu estômago junto com o alimento semi-digerido e completa  a digestão, eliminando os restos pela boca, já que seu intestino e ânus são pouco funcionais.

<https://www.mundoecologia.com.br/natureza/alimentacao-da-estrela-do-mar-o-que-elas-comem/>

O filo Crinoidea se alimenta por meio de filtração.

Sistema Respiratório e Excretor:

Existem diversas maneiras que os equinodermos utilizam para realizar trocas gasosas  com o meio externo e eliminar exceções. Aqui estão as mais comuns:

• Em alguns ouriços há dez brânquias pequenas situadas no exterior do corpo ao redor da boca.

• Nas estrelas-do-mar há centenas de papilas respiratórias (expansões delicadas comparáveis a brânquias) entre os espinhos.

• Nos Holothuroidea há um conjunto de tubos ramificados internos, denominados árvore respiratória.

• É comum que o sistema hidrovascular participe da respiração, realizando trocas gasosas com a água no interior das ampolas ambulacrais.

Sistema Nervoso:

O sistema nervoso composto por um anel nervoso situado em torno da boca do qual partem cinco nervos radiais que se ramificam para atingir todo o corpo. Os órgãos sensoriais são pouco desenvolvidos, apenas uma quantidade restrita receptores químicos e táteis ao redor da boca e nos pés ambulacrais.

Reprodução:

Os equinodermos são dioicos e realizam fecundação externa. As gônadas (testículos e ovários), que variam em quantidade de dez em estrelas-do-mar a apenas uma nos holotúrias, estão dentro da cavidade celômica e abrem-se ao exterior para liberar as gametas.

O desenvolvimento é indireto, podendo haver diversas formas larvais.

A capacidade de regeneração dos equinodermos é notável, algumas espécies podendo gerar novos organismos a partir de pedaços decepados de seus corpos. 

Referências Bibliográficas:

http://segundocientista.blogspot.com/search?updated-max=2020-09-03T21:05:00-07:00&max-results=10

AMABIS; MARTHO. BIOLOGIA - biologia dos organismos 2, Parte II. Moderna Plus. 4. ed. Moderna. cap. 11.1, p. 368-374.