Anfíbios - Clado Amphibia
Características Gerais
- Do grego amphi, duas; e bios, vida. Porque a maioria apresenta desenvolvimento indireto.
- A fase larval é aquática com respiração branquial. Na fase adulta, são adaptados a viver na terra.
- Tetrápodes, ou seja, dotados de quatro membros.
- Algumas espécies secretam veneno pela pele, que é fatal para predadores e pode intoxicar humanos pelo contato.
- Muitos têm pele colorida, para camuflagem, atração sexual ou alerta de predadores (para veneno).
- O fóssil mais antigo tem 365 milhões de anos, mas acredita-se que o clado tenha surgido a mais de 400 milhões de anos.
- Os cientistas acreditam que os anfíbios descenderam de peixes pulmonados que eventualmente saiam da água a procura de alimento.
- Há três grupos principais:
- Tamanho varia de 1cm em certas rãs até 1,5m em algumas salamandras e cobras-cegas.
Principais grupos
- Anura:
- Do grego an, prefixo de negação; e uros, cauda. Significa "desprovido de cauda".
- Sapos são amnuros de pele verrugosa e com pequenos tubérculos.
- Rãs são semelhantes aos sapos, mas apresentam pele lisa.
- Pererecas são aborícolas (que vive em árvores), têm pele lisa e ventosas nas pontas dos dedos.
- Caudata (ou Urodela):
- Representada pelas salamandra, tetrápodes de corpo alongado e cauda longa.
http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=611&evento=4
- Gymnophiona (ou Apoda):
- Do grego a, prefixo de negação; e podós, pés.
- São representados pelas cobras-cegas, animais de corpo cilíndrico e sem membros.
Sistema Esquelético
- Como os demais tetrápodes, possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e esqueleto apendicular, que inclui os membros e as estruturas de suporte: o cíngulo dos membros anteriores (cintura escapular) e o cíngulo das membros posteriores (cintura pélvica) .
Sistema Digestório
- Anuros e salamandras adultas são carnívoros, alimentam-se principalmente de artrpópodes.
- Larvas de sapos e girinos se alimentam de algas e restos de organismos mortos.
- As cobras-cegas vivem enterradas no solo e no lodo, alimentam-se de minhocas e artrópodes.
- O alimento faz o caminho de boca ➝ esôfago ➝ estômago, onde a digestão tem início. Depois o alimento segue para o intestino delgado onde desembocam canais que trazem bile (para digestão de gorduras) do fígado e enzimas do pâncreas(para digestão de proteínas). O alimento depois passa para o intestino grosso, que absorve o excesso de água. As fezes são eliminadas pela cloaca, mais especificamente pela abertura cloacal.
Sistema Respiratório
- Larvas respiram por meio de brânquias e algumas por pulmões, adultos respiram pela pele (respiração cutânea) e por pulmões.
- As salamandras possuem pulmões rudimentares, dependendo muito da respiração cutânea. Os sapos e rãs, enquanto isso, possuem pulmões eficientes com dobras ricamente vascularizadas.
Sistema Circulatório
- Possuem circulação dupla, ou seja, há dois circuitos de circulação de sangue:
- Na pequena circulação, o sangue pobre em oxigênio vai ao pulmão e volta ao coração oxigenado.
- Na grande circulação, o sangue rico em oxigênio é enviado ao corpo para distribuí-lo e recolher gás carbônico, retornando desoxigenado para o coração.
- O coração possui três câmaras: dois átrios e um ventrículo. O ciclo é descrito abaixo:
- A circulação nas larvas é semelhante a dos peixes.
Sistema Excretor
- Excreção é feita por rins marrom-escuros de forma ovalada localizados dentro da cavidade abdominal, juntos da parede dorsal, que filtram principalmente a ureia do sangue e forma a urina.
- A urina é enviada para a bexiga urinária por meio de uréteres e depois para a cloaca, que a elimina para o meio externo.
- Enquanto os adultos excretam principalmente ureia, as larvas excretam principalmente amônia, como os peixes ósseos.
Sistema Nervoso
- Muito semelhante ao dos peixes ósseos.
- Olhos bem desenvolvidos, mas só conseguem enxergar objetos em movimento. Por isso só se alimentam de animais vivos.
- Possuem boa audição e utilizam sons para atrair parceiros sexuais.
- Larvas possuem linhas laterais como os peixes capazes de detectar a pressão da água.
Reprodução
- Dioicos e em maioria ovíparos.
- Anuros e urodelos geralmente liberam os ovos na água, envoltos em uma massa gelatinosa. Alguns mantêm os ovos dentro do corpo
- Em algumas espécies as fêmeas retêm os embriões até o final do desenvolvimento, alimentando-os com secreções nutritivas. Nesses casos não há estágio larval.
- Os machos demarcam seu territorio e atraem fêmeas de sua espécie por meio do canto, que é amplificado por uma bolsa que funciona como amplificador.
- O macho abraça a fêmea, processo chamado amplexo nupcial, o que a estimula a liberar os óvulos enquanto ele libera o esperma sobre eles.
- Nas salamandras, os machos liberam pequenos pacotes de espermatozóides durante uma dança nupcial. As fêmeas sugam esses pacotes com a cloaca e ocorre fecundação interna.
- No grupo Gimnophiona há a fecundação interna com cópula, em que o macho insere parte de sua cloaca na cloaca da fêmea e libera seus espermatozóides. 75% das espécies dessa ordem são vivíparas.
- A fase larval dos anuros não possui pernas, mas possuem cauda bem desenvolvida.
- O desenvolvimento larval termina com a metamorfose, em que as brânquias e a cauda desaparecem e surgem os pulmões e as pernas.
- As larvas da salamandra possuem pernas e a larva não desaparece na fase adulta.
Referências Bibliográficas
AMABIS; MARTHO. BIOLOGIA - biologia dos organismos 2, Parte II. Moderna Plus. 4. ed. Moderna. cap. 11.6, p. 394-398.
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